sábado, 28 de novembro de 2015

                                                   TERMORREGULAÇÃO
                                  
Todos os processos que ocorrem em um organismo para manter seu funcionamento necessitam de uma temperatura adequada. Isso se deve ao fato de tais processos envolverem proteínas, enzimas, reações químicas e físicas que ocorrem mais rapidamente ou de forma muito lenta de acordo com a temperatura do meio em que se encontram. Por exemplo, se a temperatura baixar muito as reações ficam lentas e podem até cessar parando a função corporal. Por outro lado, temperaturas elevadas podem desnaturar proteínas comprometendo a integridade do organismo.
Assim, é fundamental que os seres vivos disponham de estratégias para regular a temperatura do corpo e de acordo com elas os animais são classificados como homeotérmicos ou pecilotérmicos.
Os pecilotérmicos variam sua temperatura corporal de acordo com a temperatura do ambiente, mas controlam essa variação por métodos comportamentais. Por exemplo, o lagarto fica exposto ao sol pela manha e se esconde do sol durante o resto do dia para evitar o hiperaquecimento. Às vezes veterinários são solicitados a opinar sobre o manejo de pecilotérmicos de cativeiro, é importante aconselhar os proprietários a providenciar fonte de aquecimento para que os animais fiquem ativos nas épocas frias do ano.
Os homeotérmicos conseguem manter sua temperatura corporal constante na presença de variações significativas de temperatura ambiente. Essa característica traz vantagens e desvantagens. Os homeotérmicos podem sobreviver em uma ampla variedade de ambientes e podem ficar ativos no inverno. Porém, eles precisam ingerir mais alimento que outros animais, pois para manter sua temperatura necessitam de processos metabólicos que demandam grande quantidade de energia. Já os pecilotérmicos são capazes de sobreviver a longos períodos sem alimento porque precisam de muito menos energia.
                                

                                        PRODUÇÃO DE CALOR

 No exercício o corpo passa por um superaquecimento, liberando assim uma grande produção de secreção de suor, na superfície da pele através das glândulas sudoríparas, para produzir o resfriamento do corpo.
A produção involuntária de calor pelos tremores geralmente ocorre quando o individuo fica exposto em ambientes frios.
“Quando a temperatura corporal cai abaixo de 29,4°C ocorre perda total da capacidade, por sua vez, fica acentuadamente prejudicada quando a temperatura corporal cai a menos de 34,4°C (GUYTON e HALL, 1998, p. 520)”.

“Segundo Powers e Howley (2000, p. 217), “a produção de calor pode ser classificada como (1) Voluntária (exercício) ou (2) Involuntária (tremores ou produção bioquímica de calor causada pela secreção de hormônios como a tiroxina e as catecolaminas).”“.

FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NA TERMORREGULAÇÃO

Embora existam controvérsias sobre este assunto, a maioria das mulheres parece ser menos tolerante ao calor do que o homem (POWERS e HOWLEY, 2000 apud HIRSCH et. al., 1985). Tal comparação pode ser explicada devido às mulheres possuírem maior quantidade de gordura corporal, que reduz a perda de calor.
Outro fator que pode influenciar na termorregulação é a idade. Em especifico, no idoso ocorre baixa funcionalidade endócrina, como na hormona do crescimento que ocasiona atrofia cutânea e grande perda de glândulas sudoríparas e da sua capacidade de produzir suor.
Paralelamente reduz-se a capacidade vasodilatadora dos vasos sanguíneos e em particular os cutâneos (SOARES, 2006)
A redução da capacidade vasodilatadora e da produção de suor atinge progressivamente os membros inferiores, a região anterior do tronco, a sua parte posterior e em menos graus os membros superiores e a cabeça. (SOARES, 2006apud KUWABARA et. al., 2004)

Referências:

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Fisiologia Humana e Mecanismo das doenças.Rio de Janeiro: Guanabara, 1998
HOWLEY, E. T.; POWERS, S. K. Fisiologia do Exercício: Teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole, 2000

Regulação da temperatura. Disponível em
. < http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/termorregulacao.htmppt>Acesso28-11-2015 as13:10



sábado, 21 de novembro de 2015

Termorregulação no Frio Extremo



                   
                           É notório que o calor flui do corpo para o meio ambiente. Não havendo correlação entre a temperatura central e a sobrecarga fisiológica. Particularmente no repouso, há perda excessiva de calor no frio extremo. Isto posto, iremos analisar como a produção de calor pelo corpo aumenta enquanto a perda de calor torna-se mais lenta a fim de minimizar qualquer declínio na temperatura central.

                          A estimulação dos receptores cutâneos ao frio produz constrição dos vasos sanguíneos periféricos, o que reduz rapidamente o fluxo de sangue quente para a superfície corporal mais fria e o redireciona para as regiões corporais mais quentes. O fluxo sanguíneo cutâneo é, em média, de 250ml/min em um ambiente com temperatura neutra, porém com um estresse induzido pelo frio intenso, esse fluxo se aproxima de zero. Consequentemente a temperatura da pele declina na direção da temperatura ambiente, maximizando os benefícios isolantes da pele, do músculo e da gordura subcutânea. Um indivíduo com gordura com gordura corporal excessiva exposta ao estresse induzido pelo frio pode ser beneficiada por esse mecanismo responsável pela conservação do calor.

                      Um outro ponto que merece ser abordado é o calafrio que é uma contração involuntária do músculo em decorrência do frio, o qual gera uma quantidade significativa de calor metabólico, porém a atividade física faz maior constrição na defesa contra o frio.  É provável que a variabilidade entre os indivíduos na resposta aos calafrios determine as conseqüências diversificadoras para aqueles que se expõe acidentalmente e sem preparos a ambientes úmidos e frios. A fadiga geral induzida pelo exercício árduo prévio não parece diminuir a resposta aos calafrios.

                      Ademais, é importante ressaltar  que a maior produção de calor durante a exposição ao frio resulta em parte da ação dos dois hormônios “ calorigênicos” da medula supra-renal – adrenalina e noradrenalina. O estresse induzidos pelo frio estimula também a liberação de tiroxina, o hormônio tireóideo que induz a um maior metabolismo em repouso.

                   O resfriamento de um músculo faz que ele se torne mais fraco. O sistema nervoso responde ao resfriamento muscular alterando os padrões normais de recrutamento das fibras musculares. Alguns pesquisadores sugeriram que essa alteração da seleção de fibras para o desenvolvimento de força diminui a eficiência da ação muscular. Tanto a velocidade de encurtamento muscular quanto a potência diminuem significativamente quando a temperatura é reduzida.

                    A exposição ao frio desencadeia a vasoconstrição dos vasos que suprem a pele e os tecidos subcutâneos. O tecido subcutâneo é o principal local de armazenamento de lipídeos, por essa razão, a vasoconstrição reduz o fluxo sanguíneo à área da qual os ácidos graxos livres devem ser mobilizados. Conseqüentemente, os níveis de ácidos graxos livres não aumentam tanto quanto sugerem os níveis elevados de adrenalina e noradrenalina. A glicose sanguínea tem um papel importante na tolerância ao frio e na resistência ao exercício. A hipoglicemia (nível baixo da glicose sanguínea), por exemplo, suprime os tremores e reduz significativamente a temperatura retal. As razões dessas alterações são desconhecidas.

                  Portanto, podemos concluir da análise do presente tema que é a termorregulação é de suma importância a todo e qualquer ser humano e, principalmente, silenciosa em seu complexo e extenso trabalho diário para que todos possam executar cada uma de suas atividades, de atividades cotidianas à adaptação ao ambiente.  E a partir do que foi explanado no presente texto é perceptível que ela é um componente importante do conceito de homeostase e um importante mecanismo para a sobrevivência em um ambiente que apresenta grande variação de temperatura.


Referências:

Andsonmenezes.com.br/artigos/termorregulação
nutricaoesporte.com.br/remorregulacao-no-estresse-induzido.html
danilopersonaltrainer.com/artigo-temperaturaeumidade.html


domingo, 15 de novembro de 2015

Cuidados para correr e treinar no calor intenso :


    Correr sob altas temperaturas requer alguns cuidados básicos que muitas vezes são esquecidos pelos corredores na hora de iniciar suas atividades físicas. Algumas provas são disputadas com forte calor, principalmente as provas que ocorrem no começo do ano. Entenda como o corpo se adapta ao clima externo para que a corrida ocorra com segurança sob altas temperaturas e umidade.
    Segundo o professor( Newton Nunes, 1994.) Durante o exercício, o corpo humano está sempre trabalhando para manter a homeostase, ou seja, o equilíbrio fisiológico das funções vitais. Mas, em algumas situações adversas, há uma tendência à perda desse equilíbrio. O calor – altas temperatura e umidade – é um desses fatores desestabilizadores.
    Correr quando está quente não é somente difícil. Pode ser também perigoso. Se o corpo não está acostumado à regular a temperatura corpórea, se as condições atmosféricas não estiverem adequadas à pratica da atividade, se a hidratação for falha e se o corredor apresentar sobrepeso, as chances de sofrer as conseqüências da hipertermia são maiores.( Professor Newton Nunes ,1994.)
    O ser humano tem a capacidade de manter a temperatura corporal estável em ambientes com temperaturas extremas. No entanto, durante o exercício, ocorre um aumento da produção de calor interno por meio das contrações musculares e da aceleração do metabolismo, tornando a termorregulação mais difícil. Quanto maiores o volume e a intensidade do exercício, maior o calor interno produzido. Conseqüentemente, maior será a temperatura interna.
    O calor em excesso pode nos trazer problemas simples e/ou graves como a Cefaleia, náuseas, delírios, confusão mental, irritabilidade e calafrios. Persistindo, isso pode aumentar para a diminuição da Pressão sanguínea, haja visto o maior encorpamento do sangue, pela baixa líquida, em função da sudorese profusa, vômitos, falta de coordenação motora e Frequência Cardíaca elevada.( Professor Paulo Tuche, 2005).
   
 Fatores que influenciam a termorregulação:
-temperatura
-umidade relativa do ar
-excesso de peso corporal
-hidratação
-horário de treino
-capacidade de aclimatação
-roupas e acessórios adequados
- condicionamento físico
- suplementação

Referências :
* Professort Newton Nunes 
Professor pelo Instituto do Coração de SP desde 1994.
Especialista em Reabilitação Cardiovascular pelo InCor.
Mestrado e Doutorado em educação física na USP.

domingo, 8 de novembro de 2015

Aclimatação




Aclimatação

         Aclimatação, de acordo com alguns estudos referentes aos mistérios do corpo humano, seria o processo de adaptação a temperaturas extremas. Entenda então um pouco como o corpo se adapta as temperaturas quentes e frias.
        Existem respostas fisiológicas de imediata e de longo prazo. A capacidade de suar pode ser exemplo de resposta fisiológica imediata, más, ao mesmo tempo é muito imprecisa para a caracterização de aclimatação, pois essa se caracteriza pela origem profunda das respostas fisiológicas: a programação hormonal e metabólica que é responsável não só pela tendência de suar, mas, como você vai suar, como vai ocorrer esse suor e até mesmo a quantidade de sódio que seu suor carrega consigo.
      Os responsáveis pela grande parte da regulação de temperatura são uma interação entre hipotálamo e glândula pituitária, gerando respostas fisiológicas diversas. Estas incluem a prontidão com o qual você desvia o sangue para os vasos em sua pela (efeito de resfriamento), o rítimo e a sensibilidade do seu batimento cardíaco.
         A distribuição de recursos corporais para proteção do fígado, cérebro, rins e outros órgãos vitais e a produção de energia térmica do corpo configuram-se também, respostas fisiológicas.
         Entenda, na aclimatação, seu corpo sofre alguns ajustes para otimizar a função dessas respostas em relação ao ambiente, diferentemente da sudorese, que é a capacidade do corpo em se ajustar as temperaturas mais quentes para uma respiração mais rápida e mais profusa com menor concentração de sódio
         De acordo com vários estudos realizados a partir dos anos 1960 em diante, cerca de 10 a 14 dias de exposição a temperaturas relativamente mais altas ou mais baixas do que se está acostumado são o suficiente para começar a colher os benefícios da aclimatação.
        Segundo um estudo recente liderado pelo pesquisador Wouter D. van Marken Lichtenbelt, os pesquisadores observaram que, após a aclimatação ao frio, as cobaias passaram a sentir o ambiente controlado como mais ameno, sentiram-se mais confortáveis no frio e demonstraram menos tremores.
         Conforme os pesquisadores a elevação da atividade no tecido adiposo marrom em paralelo com a termogênese ocasiona o aumento da produção de calor. O principal objetivo fisiológico desse tecido adiposo é gerar calor de forma independente do efeito do frio, ajudando na aclimatação.  
“Após a exposição prolongada ao frio, os tremores diminuem gradualmente, mas o gasto de energia permanece elevado, indicando aumento da termogênese sem tremores. Esta adaptação metabólica ao longo do tempo é chamada de termogênese adaptativa. Em roedores, essa adaptação pode ser totalmente atribuída ao tecido adiposo marrom. Estudos em humanos demonstraram que a prolongada exposição ao frio em homens saudáveis ​​também resultou em uma diminuição gradual de tremores, enquanto que a produção de calor permaneceu elevada”, explicou o pesquisador Marken Lichtenbelt.
         A duração do processo de aclimatação varia com a altitude em causa, mas pode dizer-se que até cerca dos 3000 metros, não é, (normalmente) necessário um período de aclimatação, desde que não se realizem esforços violentos. A velocidade com que todo processo se desenrola depende ainda das características individuais, como a condição física, hereditariedade e experiência. Sabe-se que aqueles que já aclimataram várias vezes a altitudes elevadas, conseguem adaptar-se mais rapidamente, mas as razões que levam a isto ainda não são casuais.


REFERÊNCIAS:
www.extremos.com.br