domingo, 20 de dezembro de 2015

Exercício físico e adaptações ao calor



         O Ser humano é característico por ser homeotérmico, que é a capacidade do corpo de manter a temperatura corporal dentre faixas razoáveis em torno de 36,5° mesmo com variações do ambiente.  Esse equilíbrio é adquirido entre a perda e a produção de calor.
O calor é o resultado de parte da energia liberada pelos órgãos internos e músculos durante o exercício. A velocidade dessa produção de calor pelo músculo aumenta ao ponto que a atividade física eleva a intensidade, que transitoriamente é maior que a velocidade de dissipação de calor do músculo.
Existem 3 meios de remoção de calor do músculo durante o exercício, são elas: Condução , Irradiação e  Transpiração.
A condução ocorre quando a transferência do calor é feito através da pele aquecendo o ar em redor, isso com o corpo a uma temperatura maior que ambiente.
A Irradiação é pela capacidade do corpo de irradiar e ou absorver ondas eletromagnéticas
Já o exemplo de transpiração é que quando estamos em repouso se a temperatura ambiente subir acima do nível de temperatura corporal a umidade da pele vai evaporar (no mínimo 600g por dia) tirando uma parte de cerca de 17w do corpo.
Esse último mecanismo é de suma importância para a manutenção de uma temperatura corporal considerado constante. Ele geralmente é acionado quando a temperatura externa é maior do que a temperatura corporal, mas não só nesse caso, pode também ocorrer quando o calor gerado internamente devido à realização de atividades físicas demanda um aumento da taxa com que o corpo perde calor para o ambiente.

“Nenhum nível isolado de temperatura pode ser considerado normal visto que as medidas efetuadas em muitas pessoas normais demonstram uma “faixa” de temperatura normais de cerca de 36,7°C a mais de 37°C quando medida na boca. Quando determinada no reto os valores são cerca de 0,6°C maiores do que a temperatura oral. Geralmente, a temperatura média normal medida na boca é considerada como sendo 37°C. Entretanto, quando ocorre produção de calor excessivo durante exercícios intensos, a temperatura pode aumentar 38,3 a 40°C durante curtos períodos de tempo.”(GUYTON e HALL, 1998, p. 514)

O sangue tem importante participação nesse processo também com sua função bastante eficaz no armazenamento do calor. Quando ocorre a perda do calor, o fluxo sanguíneo cutâneo aumenta para que ocorra a perda para o meio ambiente.
Um ótimo caminho para quem quer sair do sedentarismo é a atividade física, más, sempre tomando cuidado com os locais, principalmente os úmidos e quentes.
Segundo Powers e Howley (2000, p. 216), “o objetivo da regulação da temperatura é a manutenção de uma temperatura interna constante e, com isso, a prevenção do superaquecimento ou do super resfriamento.”
Oliveira (2009 apud BASSET et al, 1987) relata que, “durante exercícios realizados em ambientes quentes, a vasodilatação periférica e a sudorese são os principais mecanismos de dissipação de calor”.
Alguns autores relatam que cerca de 80% da perda de calor do corpo para o ambiente seja ocasionada pela evaporação de suor, tanto que para um homem de 70kg a uma elevação de 1°C na  temperatura corporal a cada 100 ml de suor evaporado.

REFERÊNCIA:
http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num2/a09.pdf
http://www.ufpa.br/lobio/AulasAnimaliaIIeIIIpdf


domingo, 13 de dezembro de 2015

PRÁTICA DE EXERCÍCIOS NO FRIO:
    Pode parecer um pouco estranho, porém praticar exercício físico em épocas de frio pode ser mais saudável e apresentar menos riscos do que enfrentar as altas temperaturas de um clima tropical como o do Brasil, por exemplo. Está certo que não existe tanto frio nesse.  mesmo território, porém, sempre é bom seguir orientações de especialistas para se proteger e lidar melhor com o frio. Afinal, exercitar-se a baixas temperaturas pode até melhorar seu rendimento.

   Seguindo algumas orientações, será possível continuar realizando o  treinamento físico de forma saudável e equilibrada e, principalmente, respeitando as características de seu organismo e do meio ambiente de treinamento.

    Os riscos mais comuns de quem se exercita em temperatura baixa são: infecções das vias aéreas superiores como gripes, resfriados, pneumonias, otites, amidalites. Essas complicações podem, muitas vezes, ser evitadas através de uma alimentação balanceada, “rica” em vitaminas e minerais (frutas, verduras e leguminosas), que ajudam na defesa do sistema imunológico.
( Dr. Marcelo Aragão Morais.)

    O aquecimento é de extrema importância. Se feito de maneira inadequada, pode ocasionar lesões no sistema esquelético. Durante o aquecimento o organismo sofre transformações no funcionamento para adaptar os órgãos a essa mudança. Coração, pulmões, músculos, articulações e circulação passam por modificações que, dependendo dos antecedentes e hábitos, resultarão em maior ou menor eficácia na produção de energia. Essa fase inicial é de fundamental importância para qualquer tipo de atividade física.

    Para que haja essa perfeita adaptação ao exercício, é recomendável que o início da atividade seja lento e suave. Movimentos bruscos e rápidos são contra-indicados nessa fase de ajustes. O aquecimento prepara fisiológica e até psicologicamente para um evento e pode reduzir as chances de lesão articular e muscular. O processo de aquecimento alonga os músculos e, portanto, permite alcançar um maior comprimento quando uma força é aplicada. Fazem parte desse aquecimento: exercícios de alongamento, trotes leves e suaves e exercícios articulares de amplitude. Nesse aquecimento, os músculos específicos devem ser utilizados de forma a simular e produzir toda a amplitude dos movimentos articulares.( Dr. Marcelo Aragão Morais).

  Tenha em mente que o aquecimento deve ser gradual e suficiente para aumentar a temperatura muscular e central, sem causar fadiga nem reduzir as reservas de energia. É claro que isso varia de pessoa para pessoa. Um bom aquecimento para um atleta olímpico pode levar à exaustão uma pessoa que se exercita por recreação.

    É de suma importância que o praticante de qualquer atividade física realizada no frio se proteja o corpo com roupas especiais para o inverno. O uso de moletons e calças é bem-vindo. A região do corpo que merece maior atenção é o peitoral, por reunir vários órgãos vitais.

    Mesmo no inverno, é necessária a ingestão de água antes, durante e após os exercícios. Durante todo o dia é importante procurar ingerir cerca de 3 litros de água, pois esse líquido desempenha um papel importantíssimo em nosso organismo.

    As baixas temperaturas favorecem a perda de calor corporal e o vento pode exacerbar essa perda. Contudo, a produção de calor corporal durante um exercício físico de moderado a extenuante é suficientemente alta para prevenir a baixa de temperatura corporal (hipotermia).

    "E as distensões e contraturas musculares podem ser minimizadas com aquecimento adequado."
(Dr. Marcelo Aragão Morais)

    Cuidado: se o aquecimento não for bem executado, a possibilidade de lesões é maior e a recuperação delas é mais lenta, se permanecermos no local. "Por isso, devemos nos aquecer adequadamente, usar roupas conforme a temperatura e após o treino e/ou competição, não nos expormos a baixas temperaturas, pois esse momento é fundamental para o atleta recuperar as perdas de temperatura durante o exercício, agasalhando e ingerindo um carboidrato de fácil absorção (de preferência líquidos gelados) para recuperar suas energias mais rapidamente", pondera Viana. As extremidades, como mãos e pés, também merecem atenção. Proteja-as com luvas e meias especiais.”

    As extremidades, como mãos e pés, também merecem atenção. Diante disso é sempre importante se proteger com luvas e meias especiais.

Referências: 

RBPFEX - Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício

domingo, 6 de dezembro de 2015

Diabetes sob as variações de temperatura


      "Diabetes é uma doença que prejudica a forma como o corpo usa o alimento digerido para o crescimento e energia. A maioria dos alimentos que comemos é quebrada em glicose, um tipo de açúcar que fornece a principal fonte de energia para o corpo. Após a digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea. A insulina, um homônimo produzido pelo pâncreas, ajuda a glicose a entrar nas células e converte a glicose em energia. Sem a insulina, a glicose se acumula no sangue, e o corpo perde sua principal fonte de combustível." (psych central)
        A diabetes se divide em tipo 1 que ocorre um bloqueio na produção de insulina e a tipo 2 que o corpo produz mas em uma demanda pequena ao ponto de não suprir o que precisa. E tem como sintomas fadiga extrema, náusea, infecções, perda de peso, visão turva, e cicatrização lenta de feridas.
Tanto no frio quanto no calor a diabetes tem que ter um controle maior pois as temperaturas alteradas quebram o equilíbrio de uma forma que ocasionam outras doenças com rapidez.
        A diabetes no calor pode ser um incentivo para o desencadeamento de doenças relacionadas a temperaturas elevadas, pois diabéticos possuem uma menor sudorese o que predispõe a patologias como a convulsão e a ruptura de veias com o acúmulo de líquido no plasma.
       Além da sudorese, uma pesquisa realizada nos EUA por Mayo Clinic no encontro anual da Endocrine Society constatou que o controle glicêmico no verão é inferior ao normal, o que aumenta o risco de desidratação.
      "Uma temperatura de apenas 27°C já pode causar um agravamento das doenças." (Sociedade Brasileira de Diabetes)
O calor junto a umidade torna-se um perigo aos diabéticos, pois a umidade dificulta a sudorese e com a menor transpiração dos mesmos devido a doença complica mais ainda o resfriamento do corpo assim tornando-se mais difícil a homeostase.
      "Também os medicamentos para a diabetes (incluindo a insulina) podem ser danificados pelo calor, dado que os fármacos perdem a eficácia terapêutica quando expostos a temperaturas elevadas." (Sociedade Brasileira de Diabetes)
No frio também é um perigo, pois os diabéticos possuem uma imunidade baixa, aumentando as chances de doenças respiratórias como bronquite e pneumonia, além de alergias e resfriados.

REFERENCIA:
www.psychcentral.com
www.diabetes.org.br